A gestão de carreira é uma questão onipresente, praticamente inerente à vida em um sistema capitalista. Afinal, nele o trabalho é um fator que permeia praticamente todas as decisões diariamente tomadas. Daí a importância do autoconhecimento como ferramenta estratégica no processo.
Em um primeiro momento, a carreira pode até aparentar ser desconexa do autoestudo. Trata-se, porém, de um enorme equívoco. Não por acaso, o número de casos de Transtorno Depressivo e de Ansiedade aumenta significativamente no Brasil – com projeções da Organização Mundial de Saúde apontando que o país têm algumas das maiores taxas do mundo. Quase 10% da população sofre de ansiedade.
Para que trabalho, valores e escolhas de vida possam se alinhar, de modo a proporcionar um sentimento maior de felicidade e contentamento na vida, o autoconhecimento deve ser um exercício constante. Porém, como aperfeiçoá-lo?
Neste artigo, apresentaremos alguns insights.
Planejamento, gestão de carreira e autoconhecimento: qual é a relação?
“Conhecimento é poder”. Já bem conhecida, essa máxima traz pistas sobre a importância do estudo a nível pessoal e profissional. Autoconhecimento, então, seria elevá-la à máxima potência. Entender seus próprios padrões de pensamento e comportamento, inquestionavelmente, representa ter em mãos uma ferramenta poderosíssima.
Por quê? Porque ela será um fator norteador na tomada de decisões. Independentemente de você ser o líder, gestor ou colaborador de uma organização, eis um fato incontestável: a vida lhe apresentará eventualmente situações nas quais terá que optar por um caminho ou outro. Situações de impasse e dúvida.
Somente conhecendo seus padrões comportamentais você poderá optar pelo trajeto mais correto e alinhado ao que você busca como pessoa e profissional, driblando um pouco o medo de errar. Em coluna publicada na antiga revista Yoga Journal, o professor Pedro Kupfer sumariza tudo isso afirmando que a liberdade é o fruto do autoconhecimento.
“A liberdade não nasce, não cresce, nem diminui. Ela está sempre conosco, e sempre esteve aqui. Por meio do conhecimento, conseguimos construir nossa identidade como seres livres. Quando adquirimos esse conhecimento, damos o próximo passo: viver a vida de madeira solidária, dedicando nosso esforço a ajudar os demais”.
Estratégias para inserir o autoestudo na rotina pessoal e profissional
Talvez um dos maiores obstáculos ao autoconhecimento, na era atual, seja justamente a rotina acelerada, com pouco tempo de contemplação disponível. Mas essa realidade já demonstra sinais de ruptura. Empresas no exterior hoje já defendem jornadas de trabalho mais curtas e sessões de meditação – cientes dos benefícios que oferecem aos colaboradores.
Embora no Brasil tais práticas ainda soem como pura utopia, as formas de se buscar autoconhecimento podem ser também encontradas por colaboradores e líderes de maneira independente. Seja através de práticas de Yoga, meditação com aplicativos, Psicoterapia, Processos de Coaching ou, até mesmo, de um esporte específico.
Não existe uma única fonte na qual se pode beber do autoconhecimento. A realidade é que, em cada pequeno momento do dia a dia, é possível exercer a autoanálise e aprender por meio de relacionamentos, situações, conversas. Basta permanecer atento(a).
De uma forma ou de outra, isto é fato: conhecer a si mesmo é uma das formas mais eficientes de encontrar um sentimento de felicidade e realização na gestão da carreira e, até mesmo, na vida pessoal.
Fonte: Cultura e Gestão https://bit.ly/2uTE2bA