Como tomar decisões assertivas? 4 competências essenciais aos gestores no processo

Tomar decisões é uma exigência diária na realidade dos líderes. Os rumos da empresa, em âmbito micro e macro, dependem dos vereditos de seus gestores. Contudo, ser assertivo ao fornecer uma sentença representa um enorme desafio aos empreendedores, especialmente porque as adversidades do mercado se reinventam a todo instante.

Estimativas publicadas pelo The Wall Street Journal apontam que as pessoas tomam, em média, 35.000 decisões por dia – algumas mais simples, outras complexas. Aos líderes, o desafio é duplo: além de darem a palavra final em variados processos da empresa, cabe a eles também demonstrar firmeza e segurança em seus respectivos posicionamentos.

A vantagem é que, atualmente, a ciência aponta caminhos para que o processo de tomada de decisões ocorra de maneira sólida, assertiva e inteligente. O líder que compreende como usar essas informações a seu favor tem como resultado mais tranquilidade e firmeza para sustentar suas escolhas.

Para conferir os principais insights sobre o assunto, siga a leitura e explore todas as informações que vão ajudar você a tomar decisões inteligentes para a sua empresa.

Tomar decisões: os mecanismos por trás do processo

O ato de tomar decisões pode ser simples e automático. Especialmente quando a escolha já se tornou um hábito. Escovar os dentes ao acordar, dirigir para o trabalho, passar o café. São deliberações espontâneas, que não exigem esforço mental.

Mas, quando se trata de decisões inéditas ou que carregam certa complexidade, o desafio se torna maior. Inclusive, líderes podem ser acometidos pelo que o psicólogo Roy F. Baumeister, autor do livro “Força de Vontade: a Redescoberta do Poder do Ser Humano”, chama de fadiga de decisões.

Ao longo do dia, quanto mais decisões você toma, mais seu cérebro se cansa. Inclusive, o especialista detectou que, conforme o dia passa, pior a qualidade das suas decisões – daí a origem da fadiga. Ela acontece principalmente porque o autocontrole e a força de vontade diminuem.

Evitar a fadiga de decisões pode ser desafiador, mas é totalmente possível através do desenvolvimento de habilidades específicas.

A seguir, você vai compreender melhor quais são elas.

4 competências para tomar decisões melhores

Depois de identificar o que está por trás do sistema de tomada de decisões, o próximo passo é verificar quais habilidades devem ser desenvolvidas para facilitar o processo. Confira, abaixo, quatro delas:

1)   Clareza de pensamento

A resolução de qualquer cenário que exija uma decisão assertiva demanda clareza de pensamento. Porém, como atingir esse estado mental de tranquilidade para avaliar o contexto? A atividade física é um caminho.

Em sua autobiografia “A Marca da Vitória”, Phil Knight, criador da Nike, explica que sempre que tinha de tomar uma decisão importante sobre os rumos da empresa, antes saía para correr 10 km ao ar livre. Ao fim da atividade, a resposta vinha à mente.

O motivo é biológico: exercícios físicos estimulam a liberação dos chamados “hormônios do bem-estar”, como endorfina e serotonina, que ajudam a oxigenar o cérebro e trazem mais clareza mental.

2)   Foco

Elimine o excesso de possibilidades a serem avaliadas. Foque nas opções essenciais e evite distrações externas no momento de tomar uma decisão.

Se for necessário, afaste-se fisicamente por um turno da empresa para não ter de lidar com outras distrações antes de tomar uma decisão importante.

3)   Domínio estatístico

No artigo “3 maneiras de melhorar seu processo de tomada de decisão”, publicado na Harvard Business Review Brasil, Walter Frick aponta que ter um mínimo domínio estatístico é de extrema valia para líderes que desejam tomar decisões assertivas.

O autor destaca que avaliar estudos básicos de probabilidade permite que os profissionais façam predições de maneira mais acertada, evitando que suas sentenças sejam exclusivamente determinadas por tendências cognitivas.

4)   Visão ampla

Ainda no artigo publicado pela Harvard, Frick menciona Kahneman destacando que, em suas pesquisas, o renomado psicólogo identificou que líderes com visão restrita e autoconfiantes demais tendem a tomar decisões piores.

Embora possa parecer contraditório, antes de dar um veredito assertivo, um bom líder deve ter dúvidas.

“A primeira regra da tomada de decisão é simplesmente ser menos seguro — a respeito de tudo”, sinaliza o autor.

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