A competitividade é um fator onipresente no mercado de trabalho atual. Ela aumenta ainda mais quando as companhias em questão são multinacionais. No contexto das organizações globais, os colaboradores que mais se destacam não são os que simplesmente dominam competências técnicas, mas também comportamentais. É o caso da inteligência cultural.
A inteligência cultural, conforme a definição do cientista social americano David Livermore, é definida como “a capacidade de um indivíduo funcionar eficazmente em situações culturalmente diversas”.
Considerando que a convivência com colegas de diferentes etnias, culturas e religiões é uma constante nas multinacionais, desenvolver esse tipo de habilidade é, indiscutivelmente, um fator diferencial.
Para compreender melhor o conceito de inteligência cultural e descobrir como você pode desenvolver essa aptidão com maestria, siga a leitura e explore os insights mais atuais sobre o tema.
Inteligência cultural: o que é?
Em termos práticos, a inteligência cultural é um novo conceito desenvolvido a partir de um paralelo entre o quoeficiente de inteligência (QI), que mede a habilidade de raciocínio de um determinado indivíduo; e o quoeficiente de inteligência emocional (QE), que se refere à capacidade do indivíduo em lidar com suas emoções.
De forma resumida, conforme contextualiza Livermore, a inteligência emocional e a inteligência cultural estão intimamente relacionadas. Ao desenvolver um portfólio de técnicas para trabalhar sua inteligência cultural, o profissional irá aprender a eliminar crenças e julgamentos automáticos acerca de colegas com realidades diferentes da sua.
Fator que estará intrinsecamente ligado ao seu quoeficiente de inteligência emocional.
Segundo dados publicados pela Forbes, o Brasil abriga pelo menos 30 das maiores empresas no mundo.
No dia a dia dessas organizações, todo e qualquer colaborador precisa tratar de assuntos profissionais com colegas que se expressam em outro idioma, vivem em países com economia e costumes diferentes ou mesmo que têm uma orientação sexual que foge do padrão heteronormativo – para citar alguns exemplos.
É por isso que, diante da globalização e da diversificação nas forças de trabalho, saber como se portar em situações culturais distintas é essencial. Trata-se de uma característica capaz de diferenciar os profissionais do passado dos profissionais do futuro.
Mas, então, como desenvolver a inteligência cultural?
Abaixo, apresentamos três estratégias.
3 estratégias para desenvolver a inteligência cultural
Em artigo publicado na Harvard Business Review, P. Christopher Earley e Elaine Mosakowski compartilham algumas estratégias já aplicadas por eles em empresas multinacionais para o desenvolvimento da inteligência cultural – nas quais você também pode apostar com o intuito de aprimorar essa aptidão.
1) Leia estudos de caso e atualize-se
O desenvolvimento da inteligência cultural pode começar de forma simples. Procure ir atrás de estudos de casos de empresas que colhem benefícios da diversidade cultural. Esteja atento, também, a pequenos detalhes.
Por exemplo: você sabe quais são as principais formas de cumprimentar, agradecer e se expressar no idioma do seu colega ou cliente? Sutilezas como essas podem aproximar vocês da mesma linguagem.
2) Peça feedback
Esteja aberto a ouvir e compreender em quais situações você pode aprimorar sua inteligência emocional. Como colaborador, é extremamente interessante validar diretamente com seus colegas se você está se expressando de uma forma correta e respeitosa – principalmente se estiver em dúvida quanto a uma dissonância de linguagem ou forma de expressão.
3) Faça simulações de situações reais
Se você tiver dificuldades em trabalhar a inteligência cultural na prática, procure fazer simulações reais de reuniões ou conversas em eventos da empresa. Se a própria companhia não fornecer esse tipo de treinamento, até mesmo aulas de teatro podem ajudar você.
Lembre-se de que, assim como qualquer outra habilidade, a inteligência cultural pode ser desenvolvida um pouco mais a cada dia.
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